domingo, 9 de fevereiro de 2014

Retrospectiva 2013

Desta vez eu demorei para fazer os melhores do ano passado, e por isso vou fazer tudo de uma vez em um post só.

Vou começar pelos filmes:


Foi um ano estranho no cinema. Teve bons picos de filmes bons, mas nada que fosse realmente incrível. Acho que melhorou no final do ano e começo de 2014 com a chegada dos filmes mais fortes do Oscar. De qualquer maneira, os dois melhores do ano passado, para mim, foram Gravidade e Rush.

Gravidade foi um filme de tirar o folego. Claro que eu já aprendi a confiar no Cuarón, desde grandes esperanças, mas,  apesar de ter lido muito sobre o filme enquanto ele era preparado, não sabia o que esperar. E o filme é realmente de tirar o folego, com sequências com tantos desdobramentos imprevistos, que a sobrevivência parece ser bastante improvável. Além disso, o filme é muito forte visualmente. Já Rush foi uma grata surpresa. Fui sem esperar nada e o filme além de fazer algo histórico parecer imprevisível, também mantém você tenso durante cada uma das corridas. Chris Hemsworth como o piloto inglês James Hunt e Daniel Bruhl como o austríaco Niki Lauda mandam muito bem nas interpretações e o mundo veio a conhecer uma das melhores histórias de bastidores da formula 1. Igual a esta temos algumas outras que poderiam ser exploradas para futuros filmes, mas eu duvido muito que venha a ser feito.

Como boa menção do ano, temos o ótimo Star Trek 2, com atuação sempre brilhante do Benedict Cumberbatch e uma história antiga muito bem reimaginada.


Séries




Por diversos motivos, a série do ano foi a ótima House of Cards. Eu não havia pensado nisso profundamente até o momento de escrever esta retrospectiva, mas os motivos se enfileiram: É a primeira série do Netflix; tem direção nos três primeiros episódios de um dos meus diretores favoritos, David Fincher (que é grande força para esta série ter acontecido); tem atuações brilhantes de Kevin Space (óbvio) e da Robin Wright; tem ótimos roteiros e, apesar de ter uns 3, 4 episódios que perdem o interesse no meio, soube se reinventar. O tema é denso, mas a história é muito bem contada e a constante quebra da quarta parede facilita o ritmo. Em resumo, vale muito a pena.


Foi o ano, também, de se despedir de Misfits. A séria teve muitas dificuldades durante suas cinco temporadas. Se no final da segunda temporada tudo parecia perdido com a saída do personagem favorito de 9 entre 10 pessoas que assistiam a série, o final da terceira veio para matar todo mundo do coração quando outros 3 (de 5!!!) resolveram deixar a série também. Mas isso eles tiraram de letra, afinal, a quarta temporada da série foi a temporada dos roteiristas, com os melhores episódios da série. A quinta temporada veio letárgica, com o final já anunciado e dando a chance de vermos mais um pouquinho personagens que nos foram muito queridos. Não tiveram os melhores episódios, mas tiveram bons momentos na quinta temporada e esperar cada um dos oito últimos episódios foi muito bom.



Como menções honrosas tem muitas séries boas para serem colocadas. Newsroom teve uma segunda temporada focada em um assunto só e muitas notícias paralelas. Momentos bastante pesados mostraram os problemas de se noticiar um fato não confirmado (ou melhor, fabricado). Game of Thrones teve um episódio que mostrou um pouco do "guts" do George R. R. Martin, que foge com tranquilidade do padrão hollywoodiano, matando a galinha dos ovos de ouro, apenas para criar uma nova na temporada seguinte. Para variar, a série conta com os melhores penultimos episódios de temporada. Entre as novas, se destacam Blacklist com o excelente James Spader que carrega a série sozinho e Master of Sex, com Michael Sheen e Lizzy Caplan atuando muito bem em uma série que cada episódio parece conter tantas novidades e reviravoltas quanto um longa.


Livros


O ano seria da fantástica 1Q84, mas então me apresentaram à Cronica do Matador de Rei e foi uma lavada. Fazia tempo que eu não deixava de dormir apenas para poder ler. Li os dois calhamaços (os dois juntos tem mais de 1500 páginas) em pouco mais de um mês. O estilo simples e conciso em que os livros foram escritos tornaram a leitura mais prazerosa. Agora fico esperando o lançamento do terceiro e último livro da série, que se não vier este ano, deixará o caminho aberto para o ano ser dos livros 2 e 3 do 1Q84 do brilhante Murakami.


Jogo



Coloquei aqui uma imagem linda do jogo Bioshock Infinite para ilustrar esta área do post, porque, na verdade, o jogo do ano, foi facilmente, o Counter Strike: Global Offensive. Para quem não sabe, no começo do milênio eu fui patrocinado para jogar o primiero Counter Strike. Diversos times, muitas amizades (que duram até hoje) e o jogo perdeu seu momento, sendo superado por diversos outros. Finalmente, foi lançado um novo CS e este está muito digno de seu nome, arrastando todos os velhos amigos de volta para o jogo, com fim de tardes e madrugadas, jogando, rindo e brigando juntos. Novos amigos apareceram e esta é a maior importância do jogo, as pessoas que você conhece.

O Bioshock Infinite é lindo e tem uma história muito legal (basta dizer que abre a possibilidade de realidades paralelas). Ainda assim é um FPS, o que pode fazer muita gente torcer o nariz. Mas o visual é de tirar o chapéu.


Shows




2013 foi um ano de muitos e muitos shows. Shows que eu queria assistir quando era adolescente e que finalmente vieram para o país (as vezes de novo) como Offspring, Blur, Matchbox 20, Black Sabbath. Shows de gente muito boa que eu queria muito ver nestes últimos anos, como John Mayer, Muse. Pude rever Dave Matthews Band, uma das minhas bandas favoritas, fazendo em São Paulo um show digno do Central Park. Além disso tiveram Incubus, Florence, The Cure, The B52s, Pet Shop Boys, Emicida (com o Samuel no baixo em pleno Central Park) e muitos outros.

Mas o show do ano fica com o Lollapalooza. Eles trouxeram bandas menores incríveis, como Foals, Franz Ferdinand, Tomahawk, Two Door Cinema Club, Kaizer Chiefs, Hot Chip e Passion Pit. Mandaram muito bem com Queens of The Stone Age e The Killers e fecharam animalmente com Pearl Jam. Terceira vez que vejo os caras tocando ao vivo e, mais uma vez, irretocável. Muita energia, muita vontade de tocar, de interagir e de inovar o setlist sempre.

Acho que está bom para retrospectiva por enquanto.




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