quarta-feira, 15 de maio de 2013

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Durante uma aula do mestrado, toda vez que eu parava para prestar atenção na aula, o sono vinha forte e eu dava algumas pescadas profundas. Comecei então a ler sobre fundamentação de raças alienígenas na ficção científica, a estudar um pouco de Babylon 5, Star Trek, entre outros e o sono desaparecia. Voltava a prestar atenção na aula e quase babava no chão por culpa do sono.

Isso acontece também no meu dia a dia, quando vou para uma reunião voltada para direito, eu praticamente não consigo prestar atenção. A reunião, para mim, poderia durar 15 minutos e seria tudo discutido com profundidade. Agora quando vou para uma reunião para falar dos meus projetos, o tempo parece passar muito rápido.

Não vou aqui para os lados da percepção da passagem de tempo e qualquer coisa com Einstein, mas sim a necessidade de se trabalhar e fazer o que se gosta. Eu ainda não estou no momento de poder ficar só com o que eu gosto, fazer apenas o que faz o tempo passar rápido e mantem a mente ágil. Mas é bom que este tempo chegue logo.

Folgado



Eu gostaria de propor a transferência da palavra "Folgado" para o rol de xingamentos possíveis.

Quando eu era mais novo, eu perdia a paciência muito mais fácil. Muito mais coisas me deixavam irritado. Não sei se por amadurecimento ou se por vontade própria fui conseguindo ficar menos bravo com as coisas, ser menos irritado. Mas tem algo que ainda assim me tira do sério: O folgado! E não qualquer folgado, o folgado que se acha o esperto. O cara que é a síntese do jeitinho brasileiro.

Para achar esse cara, não tem lugar melhor do que no transito. O cara que corta a fila de virar a direita vindo pela esquerda vazia, o que vai entrando sem esperar darem passagem (como um bom amigo meu disse: "Em São Paulo, a seta não é um pedido para entrar, é um aviso"). É todo dia, toda hora, o tempo todo, vem um motorista com seu carro ser folgado de alguma maneira e ai haja direção defensiva, haja guiar pelos outros. Além de sair cansado, você ainda sai puto da vida.

Chamar o cara de folgado, hoje em dia, não deixa o cara chateado, nem faz ele pensar no que estava fazendo. Para ter impacto precisa de um adjunto de intensidade como "do caralho", "de merda" e afins. Folgado acaba não tendo nunca o impacto deveria ter. Por isso queria coloca-lo no patamar certo, como um dos piores xingamentos que poderíamos proferir.