quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

In a Split Second

O sol bate em seu rosto enquanto uma levíssima garoa te cobre. Um destes dias perfeitos. A relva macia nos pés. O sorriso de quem se gosta. A propaganda de margarina.

Nem um problema no mundo. Nem uma preocupação. O deitar de leve e de repente dormir. Se divertir como criança em um parquinho. A risada gostosa, sincera.

A saída para a diversão. O caminho para o casamento. A volta para casa. A felicidade ardendo no peito.

Um telefone. Poucas palavras. E tudo isso muda. Tudo isso acaba.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Fim do Medo

"Show me a man with nothing to lose and i'll show you a man without fear"

Achei um post meu perdido em um blog anterior em que eu dizia que estava começando a chorar do nada. E eu não tinha ideia do porquê disso. Há um senso de propósito em ter lido esse post depois de tanto tempo, mas o momento não é o mesmo.
A cada passo que eu dei, durante muito tempo, eu construí uma parede do lado. DEADEND. Sempre olhando para trás, sempre sem deixar nem a sombra fugir do contorno do meu corpo. E eu criei essa situação, eu criei as paredes que me prendiam.Uma amiga minha uma vez me disse "Você não tem noção do seu tamanho, do que você pode fazer". E eu não tenho, afinal, quem tem? De dia a dia, de situação que se tem de se resolver a mais um saco de problemas (as merdas são covardes, só atacam em bando), como é que se vê o que você realmente pode fazer?
E ai as coisas vão se acotovelando. Você perde entes queridos, você encontra amigos tão próximos que simplesmente não são mais a mesma pessoas, você começa a sentir a influência que cada um exerce sobre o outro e isso pesa. E pesa mais com quanto mais pessoas contam com você. Mas você também não chegou a isso sem poder cuidar de cada um desses assuntos. Mas eles se acotovelam.
De alguma maneira, estes dias eu devo ter parecido um fã de pequeno príncipe (tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas). Mas tudo que é construído pode ser derrubado.
Esse não é um post normal desse blog. Não é um post normal meu. Mas era um post necessário. Voltei a escrever e agora não devo mais parar. Tenho tantos pra escrever. E voltar a escrever é tudo o que eu sempre quis fazer. Acaba que é tudo o que eu preciso fazer também.
Porque é preciso sair na chuva para ver um arco-iris.