domingo, 31 de março de 2013

Paralelos Musicais



Não é raro encontrarmos no mundo da música duas bandas formando a base inicial de um movimento e, até mesmo, serem encaradas como "disputando" uma com a outra. A imprensa inglesa é campeã nisso, seja colocando Rolling Stones contra Beatles, seja colocando Oasis contra Blur. Com o começo do grunge, Nirvana e Pearl Jam, apesar de não serem as primeiras bandas a surgirem do movimento, são as que levantaram o movimento. Dizem que com a morte do Kurt Cobain, o Eddie Vedder se trancou em um quarto por um mês sentindo que o peso de continuar com o movimento havia caído sobre seus ombros. Não sei se isso realmente aconteceu, mas o que veio depois foi a transformação do Pearl Jam em uma das maiores bandas na atualidade.

Nos anos 2000 surgiu o que veio a ser chamado de garage rock ou raw rock, com bandas como The Strokes, The Hives, The Vines, The Killers, The White Stripes, entre outros. Um movimento marcado por linhas muito dançantes no baixo, teclados e guitarras cruas com muitos riffs. De 2001 para cá muito mudou neste cenário, diversas das bandas que surgiram no boom do movimento já não existem mas, mas as duas maiores se mantem fortes: The Strokes e The Killers.

Enquanto a primeira me passa uma sensação parecida com o Nirvana com garotos de cabelos desalinhados, muita atitude e parecendo não se importar com nada. Enquanto isso, o Killers parece passar justamente o oposto, de bons moços, rumados e com uma base solida, estruturada. Com pouco mais de 10 anos de estrada, é possível ver em seus shows as pessoas catando a plenos pulmões como se entoassem hinos, como se fosse a banda da vida delas.

Pouco mais de 10 anos apenas, 4 álbuns, e é a banda favorita de diversas pessoas. Isso, muito provavelmente, se dá em volta do vocalista da banda Brandon Flowers. Figura carismática e com ótima voz que chama o público e passa uma visão de alguém próximo, possível. Fã de diversas bandas, tenta cantar com seus ídolos sempre que possível, aumentando a sensação do gente como a gente. E quando se trata de seu show, ele mantem todos cativados.

De certa maneira, eu acabei encontrando um paralelo nestas situações, entre o grunge e o raw rock, no crescimento de um movimento e nas bandas que viram bandas da sua vida. Nenhuma delas são bandas da minha vida, gosto de algumas, não gosto de outras, mas talvez por isso eu tenha conseguido fazer esse paralelo. O quanto da atitude é importante para uma banda ganhar fãs, o quanto da atitude é um problema para a banda continuar forte?

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