quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um tic tac constante

Ticking away the moments that make up a dull day


Ontem a Laura me mandou este vídeo e hoje, enquanto eu passava de estação em estação no rádio, ouvi o toque de um relógio que eu automaticamente reconheci.



De novo me peguei pensando na passagem de tempo, da nossa percepção e de como os dias se acotovelam um sobre o outro. Os sonhos de ontem já não aparecem mais na nossa frente e vamos esquecendo o que queríamos fazer, trocando as infinitas possibilidades da vida por um lodo que teima em se impregnar, se grudar a você, que chamamos de realidade.

Quando, de repente, nos pegamos nos perguntando se era isso mesmo que queríamos fazer, já é tarde, já estamos com trabalho, dividas, pessoas dependendo da gente, o dia seguinte, o despertador tocando, a vida que nos leva, e não nós que levamos a vida. Engrenagens em um engenho, longe de ser nossos próprios senhores.

A diferença entre que deveria existir entre os que conseguem sonhar e os que precisavam viver fica turva e com o tempo, passa a fazer mal, com possíveis surtos em questão de tempos. Melhor pagar as contas ou melhor correr atrás do que se quer? Sobreviver ou buscar prazer?

Sempre achei que existia a opção do meio, sobreviver, funcionar no mundo normal, fazendo apenas o que se quer. Viver com propósito. A coisa é que a cada novo check point da vida, você tem de provar para si mesmo que é possível, que se pode ser mais, viver diferente. Estou no meio desta fase e to vendo o check point bem à frente. Ainda da tempo de tudo mudar antes... Mas chegando lá, será que salvo o jogo feliz, ou vou ter muito para mudar até o próximo check point?







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