segunda-feira, 17 de setembro de 2012

You Only Live Once






São Paulo vazia no carnaval. Ninguém em nenhuma das grandes avenidas. Bêbado após uma balada de carnaval. Dirigindo. Por que não aproveitar toda a pista livre para treinar cavalo de pau? Primeiro um pequeno. O segundo. O terceiro, quarto, cada vez maiores, cada vez mostrando maior domínio do carro. Vamos fazer o último, o maior e então ir direito para casa. O carro derrapa demais travando as rodas. Sem controle do carro busco manter o equilibro e fugir do poste. Poxa, bem no último isso foi acontecer. O carro bate na guia e o pior não acontece por muito pouco. Foi divertido.

Foi divertido?

A ideia de se arriscar sempre ao máximo afinal só se vive um vez vai se tornando cada vez mais ridícula conforme se envelhece. A juventude é ágil, é transgressora. Precisa-se ir sempre um passo além, provar que se está mais disposto a arriscar, a tentar mais e a ligar menos para as regras. As regras são apenas para nos manter comportados, mas na final, nada de ruim pode acontecer. Estamos sempre no controle.

Mal sabemos, quando mais novos, que esse controle é pífio, ínfimo. Quase qualquer coisa pode sair do controle, quase qualquer coisa pode acontecer e mudar as variáveis.

Claro, arriscar-se é necessário. E fazemos isso quase que diariamente em diversas frentes. Mas sempre num risco calculado, isolando a maioria das possibilidades de dar errado. Fazendo sempre o melhor possível para que isso não aconteça. Os 5 meninos vinham em um carro, haviam bebido muito e estavam a 193 km/h derrapando em curvas, twitando, rindo. Só se vive uma vez. E se morre extremamente fácil.



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